Even
children get older, i´m getting older too.
Sendo bastante direto,
se você gosta de filmes melosos, feitos para causarem lágrimas e soluços de
forma óbvia e rápida, A Culpa é das Estrelas é seu filme de 2014. Minhas
críticas são justamente sobre isso. Apoiado na boa química entre o casal
protagonista, o filme se revela batido e exageradamente dramático.
Hazel (Shailene
Woodley) é uma menina com câncer terminal que não se ilude de sua condição,
indo a grupos de apoio a pedido da mãe, mas se sente muito cínica em relação às
falsas esperanças que recebe. Em um desses encontros, conhece Augustus (Ansel
Elgort), rapaz que não poupa esforços para conquista-la. Tendo perdido uma
perna e supostamente curado de seu câncer, Augustus se mostra o contrário de
Hazel, otimista e espontâneo.
Interessante notar como
o filme Indie se tornou um gênero e não um modo de produção. Todos os clichês
estão presentes: Narrativa fofa e trágica, Pop “alternativo” para pontuar as
passagens do tempo, Cores sóbrias (Azul em especial) e personagens
diferenciados (Nesse caso, com Câncer). Pra complicar ainda
mais, o filme se utiliza muito mal de outros recursos fílmicos. Close-ups de
rostos cheios de lagrimas, momentos de tensão bestas (Hazel consegue ou não
subir as escadas?) e giz posto sob a imagem para exemplificar as mensagens de
texto dos protagonistas.
A culpa é das Estrelas
é um filme confuso em suas metáforas e simbolismos. O Câncer é um elemento que o filme tenta colocar como marcante, mas se torna um detalhe narrativo bem fraco (Feito para impedir que o
romance seja concretizado). A doença funciona quando é conveniente para o casal, e o espectador, chorar. Hazel até anda demais para quem tá sofrendo com a doença (Perceba ela em pé no ônibus). E ela, que é cínica e brincalhona com o drama em
torno de sua doença, acaba se tornando a caricatura que tanto evita, a da
menina sofrida e histérica. Esse tipo de
esquizofrenia no conteúdo do filme é sintoma da maioria dos hits de verão
vindos de Hollywood.
Nem tudo foi ruim, o
carisma do casal até confere ao filme bons momentos. Mesmo sendo presos aos
diálogos, os jovens atores dominam a cena e são bons fornecedores das
“mensagens” do roteiro. É o filme que carece de frescor e personalidade. É tão bem acabado e formulado que o filme deve interessar apenas aos fãs do livro e os já citados fãs da choradeira. Sendo,
no final das contas, um hit de bilheteria a cair no esquecimento a partir do
momento em que surgir outro romance, adaptado de um best seller, que possua
sofrimento, que tenha atores da moda. E assim por diante.
Link IMDB:http://www.imdb.com/title/tt2582846/
Música do título:
Link IMDB:http://www.imdb.com/title/tt2582846/
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