Eric Von Stroheim já
dizia “Em Hollywood você é tão bom quanto seu ultimo filme”. Seth MacFarlane
gostou tanto do sucesso de Ted que fez uma cópia quase exata se
passando no velho oeste. O senso histérico de piadas com teor sexual ou escatológico
persiste, a falta de carisma dos personagens também. Um Milhão de Maneiras de Pegar na
Pistola (sério?) é tão infantilmente constrangedor e sem graça que é restrito apenas aos fãs do humor de seu criador. Esse
tipo:
Já que o filme não me
caiu como comédia, o quê sobrou? Uma festa chata, organizada por MacFarlane onde
a nata de Hollywood (Charlize Theron, Amanda Seyfried, Liam Neeson, Neil
Patrick Harris, etc) comparece. Alguns dançam mais do que os outros, porém
todos brilham, literalmente, na tela. É visível como essas estrelas estão mais
claras e brancas do que o restante da diegese, a imagem está lá para captar
exclusivamente suas presenças.
A escassez de cinema é gritante, a obra se cria em meio à gags vindas de comerciais televisivos com humor direto e efêmero. As piadas surgem em ritmo acelerado, sem tempo até para elas mesmas, pois o filme é preocupado em imediatamente jogar mais uma e não em deixá-las terem seus momentos. Isso torna o ritmo bastante prejudicado e amontoado de situações previsíveis e desnecessariamente longas.
É uma festa simplória e esquecível. Não existe particularidade ou roteiro bem desenvolvido em Um Milhão..., é a árvore de natal toda enfeitada, porém sem nenhuma razão para existir além de receber presentes (leia-se, o dinheiro do espectador).
A crítica é pequena,
pois a obra é. Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola é o filme anárquico que
a trupe do Monty Python realizaria se fossem comediantes ruins. Tão irritante
quanto aquela piada dita cem vezes pelo seu tio no Natal.
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