quinta-feira, 12 de junho de 2014

A Culpa é das Estrelas

Even children get older, i´m getting older too.

Sendo bastante direto, se você gosta de filmes melosos, feitos para causarem lágrimas e soluços de forma óbvia e rápida, A Culpa é das Estrelas é seu filme de 2014. Minhas críticas são justamente sobre isso. Apoiado na boa química entre o casal protagonista, o filme se revela batido e exageradamente dramático.

Hazel (Shailene Woodley) é uma menina com câncer terminal que não se ilude de sua condição, indo a grupos de apoio a pedido da mãe, mas se sente muito cínica em relação às falsas esperanças que recebe. Em um desses encontros, conhece Augustus (Ansel Elgort), rapaz que não poupa esforços para conquista-la. Tendo perdido uma perna e supostamente curado de seu câncer, Augustus se mostra o contrário de Hazel, otimista e espontâneo.

Interessante notar como o filme Indie se tornou um gênero e não um modo de produção. Todos os clichês estão presentes: Narrativa fofa e trágica, Pop “alternativo” para pontuar as passagens do tempo, Cores sóbrias (Azul em especial) e personagens diferenciados (Nesse caso, com Câncer). Pra complicar ainda mais, o filme se utiliza muito mal de outros recursos fílmicos. Close-ups de rostos cheios de lagrimas, momentos de tensão bestas (Hazel consegue ou não subir as escadas?) e giz posto sob a imagem para exemplificar as mensagens de texto dos protagonistas. 

A culpa é das Estrelas é um filme confuso em suas metáforas e simbolismos. O Câncer é um elemento que o filme tenta colocar como marcante, mas se torna um detalhe narrativo bem fraco (Feito para impedir que o romance seja concretizado). A doença funciona quando é conveniente para o casal, e o espectador, chorar. Hazel até anda demais para quem tá sofrendo com a doença (Perceba ela em pé no ônibus). E ela, que é cínica e brincalhona com o drama em torno de sua doença, acaba se tornando a caricatura que tanto evita, a da menina sofrida e histérica.  Esse tipo de esquizofrenia no conteúdo do filme é sintoma da maioria dos hits de verão vindos de Hollywood.
Nem tudo foi ruim, o carisma do casal até confere ao filme bons momentos. Mesmo sendo presos aos diálogos, os jovens atores dominam a cena e são bons fornecedores das “mensagens” do roteiro. É o filme que carece de frescor e personalidade. É tão bem acabado e formulado que o filme deve interessar apenas aos  fãs do livro e os já citados fãs da choradeira. Sendo, no final das contas, um hit de bilheteria a cair no esquecimento a partir do momento em que surgir outro romance, adaptado de um best seller, que possua sofrimento, que tenha atores da moda. E assim por diante.

Link IMDB:http://www.imdb.com/title/tt2582846/

              Música do título:


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